Da série: FICÇÃO PLAUSÍVEL
II
Fez o curso pelo correio. Em seis meses era pastor. Gastou oitenta pratas num terno azul claro, engraxou o sapato, ensebou o cabelo meteu o desodorante e a bíblia no suvaco e partiu para salvar as almas das garras do Diabo.
No trem, apesar dos seus erros de concordância e dos epítetos carinhosos que os passageiros lhe dirigiam, conseguiu cantar dois Hinos, recitar três salmos e meio, além de expelir um lindo discurso de 50 minutos, onde com redundância e prolixismo, disse nada com coisa nenhuma, acreditando em cada vírgula que saia de sua voz.
Passou o dia na Central do Brasil, repetindo o discurso do trem, com pequenas variações sobre o mesmo tema, só parando para comer um joelho com suco de caju ali do lado. Foi embora satisfeito.
Na volta, para não cair na ociosidade, aproveitou o público do trem e veio esculhambando o Diabo, chamando ele de tudo que é nome que não fosse palavrão. Mal tinha entrado em seu barraco, ali em Vila Aliança, não viu o Caveirão gritando com aquela voz de manilha: “EU VIM BUSCAR A SUA ALMA!!!!”
Voltou correndo pra Moita Bonita, Sergipe, onde planta milho, feijão e macaxeira e nunca mais buliu com essas coisas de religião.
Fez o curso pelo correio. Em seis meses era pastor. Gastou oitenta pratas num terno azul claro, engraxou o sapato, ensebou o cabelo meteu o desodorante e a bíblia no suvaco e partiu para salvar as almas das garras do Diabo.
No trem, apesar dos seus erros de concordância e dos epítetos carinhosos que os passageiros lhe dirigiam, conseguiu cantar dois Hinos, recitar três salmos e meio, além de expelir um lindo discurso de 50 minutos, onde com redundância e prolixismo, disse nada com coisa nenhuma, acreditando em cada vírgula que saia de sua voz.
Passou o dia na Central do Brasil, repetindo o discurso do trem, com pequenas variações sobre o mesmo tema, só parando para comer um joelho com suco de caju ali do lado. Foi embora satisfeito.
Na volta, para não cair na ociosidade, aproveitou o público do trem e veio esculhambando o Diabo, chamando ele de tudo que é nome que não fosse palavrão. Mal tinha entrado em seu barraco, ali em Vila Aliança, não viu o Caveirão gritando com aquela voz de manilha: “EU VIM BUSCAR A SUA ALMA!!!!”
Voltou correndo pra Moita Bonita, Sergipe, onde planta milho, feijão e macaxeira e nunca mais buliu com essas coisas de religião.
9 Comments:
Muito boas as histórias!!!! Parabéns!!
Muito legal.
Bem real mesmo. hehe.
Abraços, amigo!!!
Hahahahahahahaha!!!
Adorei, as duas histórias!
Saudade, querido.
Beijão.
hahaahahaha mot foda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
:D
qual dos comentários q eu fiz q vc achou profundo ? esse acima ou os outros abaixo?
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hahahahahaha ta vendo! Deus castiga! hehehehe muito boa a historia! Tinha q acontecer o mesmo com o bispo Macedo. Só q podiam dar um tiro nele.
bom, abraços ai mestre! ateh uma proxima ai!
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