Sobre a dignidade humana
Bom Mesmo é Cu!
Há alguns anos atrás, trabalhava eu como revisor de textos numa renomada editora que tinha como grande especialidade a publicação de livros médicos. Entre nôminas anatômicas, descrições detalhadas de procedimentos cirúrgicos que fariam até Torquemada ranger os dentes, e infindáveis fotografias das mais bizarras maneiras que uma pele doente pode ter num Atlas de dermatologia, eis que me cai nas mãos, num dia chuvoso e particularmente desinteressante, um capítulo de um livro de proctologia, o ramo da medicina mais engraçado de todos (não do ponto de vista da vítima do exame de toque retal). Abrindo o capítulo, que era sobre procedimentos cirúrgicos na área de serviço (isso mesmo, operação no rabo), uma epígrafe que me fez quase perder o emprego, de tão alto que gargalhei. Ei-la para vosso deleite, e com a devida referência autoral e bibliográfica:
Você pode lesar, deformar, destruir, remover, maltratar, amputar, aleijar ou mutilar todas as estruturas no interior do ânus e ao redor dele, exceto uma. Essa estrutura é o esfíncter do ânus. Não existe um músculo ou estrutura no corpo que possua um senso de alerta mais agudamente desenvolvido e capacidade de acomodar-se a situações variáveis.
Afirma-se que o homem tem sucesso onde os animais falham, devido ao uso inteligente das mãos; porém, quando comparado a elas, o esfíncter anal é bem superior. Se você colocar em suas mãos em forma de concha uma mistura de líquido, sólido e gás e depois, através de uma abertura no fundo, tentar deixar sair apenas o gás, não conseguirá. Porém, o esfíncter anal pode fazê-lo! O esfíncter aparentemente pode diferenciar entre sólido, líquido e gás. Aparentemente ele pode dizer se seu dono está sozinho ou com alguém; de pé ou sentado; se seu dono está de calças ou sem. Nenhum outro músculo do corpo protege tanto a dignidade humana, e está tão pronto para vir em seu socorro. Um músculo como este deve ser protegido.
Bornemeier, W. C. “Sphincter Protecting Hemorrhoidectomy”. In: American Journal of Proctology, 1960, 11:48.
Escrito por Luciano;
Publicado em 06/09/2006 A.D.
E postado por Patrício, se peidando de rir ao notaras iniciais do Doutor de cu !
Há alguns anos atrás, trabalhava eu como revisor de textos numa renomada editora que tinha como grande especialidade a publicação de livros médicos. Entre nôminas anatômicas, descrições detalhadas de procedimentos cirúrgicos que fariam até Torquemada ranger os dentes, e infindáveis fotografias das mais bizarras maneiras que uma pele doente pode ter num Atlas de dermatologia, eis que me cai nas mãos, num dia chuvoso e particularmente desinteressante, um capítulo de um livro de proctologia, o ramo da medicina mais engraçado de todos (não do ponto de vista da vítima do exame de toque retal). Abrindo o capítulo, que era sobre procedimentos cirúrgicos na área de serviço (isso mesmo, operação no rabo), uma epígrafe que me fez quase perder o emprego, de tão alto que gargalhei. Ei-la para vosso deleite, e com a devida referência autoral e bibliográfica:
Você pode lesar, deformar, destruir, remover, maltratar, amputar, aleijar ou mutilar todas as estruturas no interior do ânus e ao redor dele, exceto uma. Essa estrutura é o esfíncter do ânus. Não existe um músculo ou estrutura no corpo que possua um senso de alerta mais agudamente desenvolvido e capacidade de acomodar-se a situações variáveis.
Afirma-se que o homem tem sucesso onde os animais falham, devido ao uso inteligente das mãos; porém, quando comparado a elas, o esfíncter anal é bem superior. Se você colocar em suas mãos em forma de concha uma mistura de líquido, sólido e gás e depois, através de uma abertura no fundo, tentar deixar sair apenas o gás, não conseguirá. Porém, o esfíncter anal pode fazê-lo! O esfíncter aparentemente pode diferenciar entre sólido, líquido e gás. Aparentemente ele pode dizer se seu dono está sozinho ou com alguém; de pé ou sentado; se seu dono está de calças ou sem. Nenhum outro músculo do corpo protege tanto a dignidade humana, e está tão pronto para vir em seu socorro. Um músculo como este deve ser protegido.
Bornemeier, W. C. “Sphincter Protecting Hemorrhoidectomy”. In: American Journal of Proctology, 1960, 11:48.
Escrito por Luciano;
Publicado em 06/09/2006 A.D.
E postado por Patrício, se peidando de rir ao notaras iniciais do Doutor de cu !
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