quarta-feira, novembro 29, 2006

Da série: FICÇÃO PLAUSÍVEL

XIII

No último fim de semana das férias o cara aloprou! Sexta feira no Arco do Teles, ele e mais dois, resultado: setenta e sete garrafas de Skol, nove caipirinhas e seis doses de Dudu (conhaque diluído em vinho quinado, solução a cinqüenta por cento). Sábado de sol, piscina, churrascão na casa do Batata, quarenta e cinco caixas de Antártica, carne pra caralho, uísque, redbull e aquelas amigas vagabundas da irmã do Batata, tudo de biquíni enfiado no rabo. Domingão, feijoada na sede do Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Minha Pipa Tá no Ar. Cachaça a rodo, caipirinha liberada e Itaipava R$ 1,70, que nada é perfeito. Emendou a feijoada com a Feira dos Paraíbas, onde consumiu incontáveis cervejas, uma considerável quantidade de Marimbondo, uma cearense com vinte e nove dentes e uma frugal refeição de carne de sol com baião de dois.

Em casa, já no romper da rododáctila aurora, fez um café, bebeu uma água e tomou um banho. Lavou a boca com um suquinho de caju, que não me pergunte porquê, mas a melhor coisa pra tirar bafo de cachaça é suco de caju. Pode usar que eu garanto.

Resolvido o problema do bafo, fez a barba, vestiu o terno e foi pro trabalho, que ele tinha que chegar bem cedo na Primeira Igreja Batista de Austin, por que o outro pastor ia entrar de férias naquele dia.